Santíssima Virgem Maria

A Santíssima Virgem Maria, bendita entre todas as mulheres, é a Mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus Pai. Como católicos fervorosos e devotos, reconhecemos nela a obra-prima da criação divina, elevada à mais alta dignidade pela graça de Deus. Ela é o modelo perfeito de fé, esperança e caridade, e sua intercessão materna nos guia rumo à salvação eterna. Em obediência aos ensinamentos infalíveis da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, proclamamos sua glória, conforme definido nos dogmas e na Tradição Sagrada.

Dogmas Marianos

A Igreja, guiada pelo Espírito Santo, definiu quatro dogmas sobre a Virgem Maria, que expressam verdades reveladas por Deus e pertencentes ao depósito da fé. Esses dogmas não são invenções humanas, mas confirmações da Revelação divina, interpretadas pela autoridade do Magistério.

Maternidade Divina

Proclamado no Concílio de Éfeso (431 d.C.), o dogma da Maternidade Divina afirma que Maria é verdadeiramente a Theotókos, Mãe de Deus. Pois o Verbo se fez carne em seu ventre puríssimo, unindo inseparavelmente a natureza divina e humana em Jesus Cristo. Como ensina o Catecismo: "Maria é verdadeiramente 'Mãe de Deus', pois é a Mãe do Filho eterno de Deus feito homem, que é Ele mesmo Deus". Ó admirável mistério, que eleva Maria acima de toda criação!

Virgindade Perpétua

Definido no Concílio Lateranense (649 d.C.), este dogma proclama que Maria foi virgem antes, durante e após o parto. Sua virgindade é sinal de sua consagração total a Deus e modelo para a castidade cristã. São Tomás de Aquino, Doutor Angélico, afirma que esta virgindade preserva a integridade de Maria como Esposa do Espírito Santo.

Imaculada Conceição

Proclamado por Pio IX em 1854 na bula Ineffabilis Deus, este dogma ensina que Maria foi preservada do pecado original desde o primeiro instante de sua concepção, por graça singular de Deus e em virtude dos méritos de Jesus Cristo. Como filosofa São Tomás, Maria foi santificada de modo único, refletindo a pureza absoluta necessária para ser a Arca da Nova Aliança.

Assunção ao Céu

Definido por Pio XII em 1950 na constituição Munificentissimus Deus, o dogma afirma que Maria, ao fim de sua vida terrena, foi elevada em corpo e alma à glória celeste. Esta é a coroação de sua Imaculada Conceição, participando antecipadamente da ressurreição de Cristo. Que graça imensa para a Mãe da Igreja!

Títulos e Invocações Marianas

A devoção à Virgem é enriquecida por inúmeros títulos, aprovados pela Igreja, que destacam seus atributos e papéis na economia da salvação. Como ensina a recente nota Mater Populi Fidelis do Dicastério para a Doutrina da Fé, títulos como "Mãe do Povo Fiel" enfatizam sua maternidade espiritual, enquanto rejeita interpretações errôneas de "Corredentora" por parte dos hereges que possam ofuscar a unicidade de Cristo Redentor.

• Mãe de Deus (Theotókos)
• Rainha do Céu e da Terra
• Mãe da Igreja
• Imaculada Conceição
• Auxílio dos Cristãos
• Mãe da Misericórdia
• Estrela da Manhã
• Porta do Céu

Estes títulos, enraizados na Escritura e Tradição, convidam-nos a uma devoção filial.

Teologia Mariana

A teologia mariana, ou mariologia, estuda o lugar de Maria na Revelação. Como Doutores da Igreja ensinam, Maria coopera na Redenção de modo subordinado a Cristo, como "Nova Eva" ao lado do "Novo Adão". São Tomás de Aquino reflete sobre sua dignidade infinita como Mãe de Deus, e sua intercessão como canal de graças.

Filosoficamente, Maria exemplifica a elevação da criatura pela graça, conforme a metafísica tomista: a potência elevada ao ato pela participação divina. Sua fiat (Lc 1,38) é o sim perfeito à vontade de Deus, modelo para todo cristão.

Aparições Marianas Aprovadas pela Igreja

A Igreja aprova com prudência aparições marianas que fomentam a fé verdadeira. Dentre as 16 reconhecidas, destacam-se:

• Nossa Senhora do Pilar (Espanha, 40 d.C.)
• Nossa Senhora de Guadalupe (México, 1531)
• Nossa Senhora da Medalha Milagrosa (Paris, 1830)
• Nossa Senhora de Lourdes (França, 1858)
• Nossa Senhora de Fátima (Portugal, 1917)

Estas aparições chamam à conversão, oração e penitência, sempre em harmonia com o Evangelho.

Devoções à Virgem Maria

Como devotos fiéis, cultivamos devoções como o Santo Rosário, recomendado por diversos santos da igreja, meditando os mistérios da vida de Cristo através de Maria. Outras incluem a Consagração ao Imaculado Coração, novenas e peregrinações a santuários marianos. Estas práticas, enraizadas na piedade católica, fortalecem nossa união com Deus.